Análise Social a partir da Revolução Industrial

A Revolução Gloriosa (Inglaterra - 1688) foi à primeira das grandes revoluções burguesas. Neste período o absolutismo foi derrotado, iniciando a monarquia parlamentar, onde todas as decisões relevantes passam a valer mediante a aprovação do parlamento. Naquele momento, o rei reina, mas não governa.

Agora, com esta nova modalidade governamental, a Inglaterra encontra oportunidade de desenvolver, através de grandes investimentos em máquinas, as matérias primas locais. Dessa forma, surge a Revolução Industrial.

Em uma diferença relativamente pequena de tempo, ocorre também na Europa, desta na vez França, outra revolta conduzida pelos burgueses com contribuições de outras classes sociais. A Revolução Francesa (1789), a mais importante revolução burguesa, acontece por razões similares a Gloriosa. A ideia de liberdade, igualdade e fraternidade trazida pelos revolucionários, resulta no fim do absolutismo, e início da monarquia constitucional.

A partir destas duas revoluções (Inglesa e Francesa), realizadas pelo povo e para o povo, conquistando o fim do absolutismo, aqueles que antes tinham, pela realidade na sociedade (burgueses e camponeses), o acesso restrito ao conhecimento, agora alcançam não só o seu espaço enquanto classes, como também são inseridas em um novo modelo de classe social, formado a partir da Revolução Industrial: o proletariado.

Apesar de no início da Revolução Industrial, ocorrer reações por parte dos trabalhadores, que tinham mais deveres do que direitos, e não eram reconhecidos de uma forma justa pelo esforço do trabalho nas fábricas, podemos sim afirmar que foi a partir desta Revolução que surgiu diferenciais importantes, como o liberalismo econômico, o qual foi um dos precursores do capitalismo, que é o sistema atual, na maior parte da sociedade moderna.

Desde então, o capitalismo, que pode basicamente ser definido como um sistema onde os meios de produção e o capital são de propriedade privada, vem sofrendo modificações que