A Revolução Francesa e os Direitos do Homem
Norberto Bobbio em sua obra, afirma que são três elementos fundamentais de um movimento histórico: direitos do homem, democracia e paz. A declaração dos direitos do homem e do cidadão, foi aprovada em 26 de agosto de 1789 e demarcou um momento decisivo. Em 1789 na França, a “revolução aristocrática” que desequilibra os poderes, a “revolução burguesa” que funda a nova ordem jurídica, a “revolução popular”, que consolida o processo, a “revolução camponesa” que quebra as resistências a nível nacional. Para completar esses acontecimentos, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A partir dela, começa o processo de elaboração da nova sociedade, e o ciclo revolucionário engrena. Os burgueses emergentes abriram a possibilidade de uma sociedade mais justa, através da Declaração acima citada. Para Kant, a Revolução francesa foi um momento de liberdade, o momento em que pela primeira vez o povo pode decidir seu próprio destino sem que uma força maior os impedisse de decidir seu futuro. Uma declaração, com meta inteiramente política de firmar os direitos naturais, envolvendo a liberdade, igualdade diante da lei e determinação. Thomas Paine defende o que é natural, atacando o inglês Burke em Os direitos do homem. É importante lembrar que assim como hoje, naquela época, não havia somente uma definição para uma palavra, nem somente uma linha de pensamento. Os ingleses não tinham a mesma opinião dos franceses e achavam a revolução francesa uma espécie de liberdade que dura apenas poucos dias de festa, e que torna os participantes dignos de uma miserável e eterna escravidão. Para Burke, naturais eram os sentimentos como o de temor a Deus, o respeito ao rei, o afeto pelo parlamento, indo contra a essência da Revolução Francesa, que transcendeu na história e chegou ao momento de origem, e não apenas permaneceu na história, como fizera Burke. Paine apresenta uma justificação religiosa para os direitos do homem, segundo ele