Sociologia
Revolução Francesa e Americana A Revolução Americana de 1776 teve suas raízes na assinatura do Tratado de Paris, que, em 1763, finalizou a Guerra dos Sete Anos. Foi na sua origem, um movimento de resistência e de revolta contra o domínio britânico, mais concretamente contra a forma como esse mesmo domínio foi exercido nas colônias norte-americanas no período que se seguiu à Guerra dos Sete Anos. A Revolução Francesa de 1789 faz parte do contexto das Revoluções Burguesas que promoveram a superação do feudalismo no mundo ocidental. Foi influenciada pelas ideias do iluminismo e pela Independência Americana e suas causas podem ser divididas em quatro grupos: políticas, sociais, econômicas e intelectuais. Ambas as guerras foram iniciadas por injustiças das monarquias e inspiradas pelas ideias iluministas, e da Revolução Francesa foi, em grande parte, inspirada na Revolução Americana. As duas guerras diferem em alguns aspectos fundamentais. A Revolução Americana foi uma revolta das colônias contra um rei estrangeiro, enquanto a Revolução Francesa foi uma revolta das classes mais baixas dentro de seu próprio país. Na Revolução Americana, o cidadão modelava as instituições; na Francesa, eram as instituições que modelavam o cidadão. As duas trazem uma forma política própria: a Revolução Francesa opta pelo Estado-nação, enquanto a Americana faz opção pela comunidade política, isto é, a sociedade civil. De um lado, o Estado-nação vela a diferença, de outro, a comunidade política, que se constitui de pessoas partilhando valores civis e objetivos comuns, abre espaço para o a diferença. A Revolução Francesa consiste em um evento espetacular da modernidade. O movimento introduziu um novo padrão para a política, ligado ao conceito de necessidade, possibilitando aparecer à novidade e o popular na cena pública. A questão social passou a significar para todas as revoluções, exceto para a Americana, o problema mais urgente de ser resolvido