A Revolução Científica do Século XVII

A Revolução Científica, iniciada na Idade Média, foi um importante movimento para a estruturação e questionamento do conhecimento que até então era visto como verdade. Muitas mudanças estavam ocorrendo na forma de vida das pessoas, na estruturação da sociedade, da economia e da maneira de viver. Tais mudanças acarretaram uma ideia de questionar o que até então era aceito na ciência. Foi Aristóteles um dos que primeiramente difundiram ideias filosóficas no mundo ocidental, portanto, seus estudos foram um dos primeiros a serem aceitos pela sociedade como verdades. As ideias de Aristóteles eram baseadas mais na intuição, visto que eram precárias os meios de estudo na época, e ainda muito presas aos dogmas da Igreja. Elas, até então, eram aceitas pois faziam sentido para a sociedade, levando em consideração os poucos meios de estudos disponíveis na época e as poucas informações, se comparado com a quantidade que tem-se hoje em dia. Mas a partir de certo ponto, as ideias de Aristóteles foram contestadas, pois a sociedade, de uma maneira geral, passava por processos de mudanças e o pensamento de diferir razão e fé começava a ser aguçado. Nesse contexto, havia a tentativa de conciliar a fé cristã e a razão, o conhecimento racional. S. Tomás de Aquino foi um dos disseminadores desse pensamento de conciliação de ideias e autor da frase "Crer é imediatamente um ato do entendimento, porque seu objeto é a verdade, que propriamente pertence a este". Acreditava-se que que a fé existia para comprovar as realidades que não eram possíveis de se ver e que a razão era importante para que se pudesse entender questões relacionadas à fé. Duas correntes de pensamento foram importantes na Revolução Científica, o humanismo e o iluminismo. Os humanistas, influenciados pelos pré-socráticos, carregavam o tema da doppia verita, ou dupla verdade, e a ideia de que o homem era o centro do universo (antropocentrismo) e que tinha importante papel de raciocinar, de fazer descobertas e entender