A Revolu O Da Prensa Gr Fica Em Seu Contexto
Em 1450, aproximadamente na Europa, foi inventado provavelmente por Johann Gutenberg de Mainz, uma prensa gráfica.
Na China e no Japão, a impressão já era praticada há muito tempo — desde o século VIII, mas o método geralmente utilizado era o chamado de "impressão em bloco": usava-se um bloco de madeira entalhada para imprimir uma única página de um texto específico.
A impressão gráfica custou a penetrar na Rússia e no mundo cristão ortodoxo, onde o alfabeto utilizado era o cirílico e na qual a educação formal estava praticamente confinada ao clero.
O Czar Pedro, o Grande, fundou uma gráfica em São Petersburgo em 1711. A localização desses estabelecimentos sugere que o czar estava interessado basicamente em aprendizado e educação, de modo a tornar os russos familiarizados com a ciência e a tecnologia modernas, em especial a tecnologia militar.
O fato de os materiais impressos terem chegado tão tarde à Rússia mostra que a revolução da impressão gráfica não era um fator independente e não se ligava somente à tecnologia. Essa revolução precisava ter condições sociais e culturais favoráveis para se disseminar, e a ausência de população laica letrada na Rússia foi um sério obstáculo para o surgimento, na região, da cultura impressa.
No mundo muçulmano, a resistência à impressão gráfica permaneceu forte durante o início da era moderna. De acordo com um embaixador imperial em Istambul em meados do século XVI, os turcos pensavam ser pecado imprimir livros religiosos.
Para o filósofo inglês Francis Bacon foi o trio imprensa-pólvora-bussola que "mudou todo o estado e a face das coisas em todo o mundo "a arte da impressão disseminará tanto conhecimento que as pessoas comuns, sabedoras de seus direitos e liberdades, não serão governadas de forma opressora".
Con-dorcet (1743-94), disse em 1795 que a impressão gráfica, junto com a escrita, foi identificada como um dos marcos do que o autor chamou de "progresso da mente