A revolta de carrancas
Em 13 de 1833, as fazendas viviam mais um dia de trabalhos rotineiros. A Campo Alegre estava sob a responsabilidade de Gabriel Francisco de Andrade Junqueira, que, na ausência do pai, que era deputado e estava exercendo suas funções na Corte, conduzia a fazenda, além de supervisionar o trabalho dos escravos. Antes do meio-dia, como de costume, foi até a roça fiscalizar o trabalho de seus escravos. Seguiu a cavalo em direção à roça. Ao chegar, encontrou os escravos preparando a terra, cuidando das lavouras de milho e feijão. A tranquilidade era apenas aparente. Sem condições de oferecer nenhuma reação, Gabriel Francisco foi surpreendido pelo escravo Ventura Mina, retirado à força de cima do cavalo, recebendo várias porretadas na cabeça, que o levaram à morte rapidamente.
Alguns dos escravos que estavam trabalhando na roça naquele momento engrossaram o grupo e seguiram em direção à sede da fazenda Campo Alegre, todos liderados por Ventura Mina. Só não atacaram a sede da fazenda porque um escravo havia saído às pressas e avisado aos outros familiares do deputado o que havia acontecido. Os rebeldes chegaram até ao terreiro da fazenda e perceberam que ela estava guarnecida por dois capitães do mato. Então, foram em direção da fazenda Bela Cruz.
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