A Retórica e os Sofistas
A retórica nasceu no século V a.C., na Sicília, e foi introduzida em Atenas pelo sofista Górgias, desenvolvendo-se nos círculos políticos e judiciais da Grécia antiga. A idéia original visava persuadir uma audiência dos mais diversos assuntos, mas acabou por tornar-se sinônimo da arte de bem falar.
Os sofistas eram pensadores da Grécia Antiga dos séculos IV V a.C. que praticavam a retórica. Eles ensinavam em vários locais, viajando por várias cidades. O foco de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação.
Os mestres sofistas alegavam que podiam “melhorar” seus discípulos. Eles ensinavam sobre vários conhecimentos: física, química, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em si. Diferente de Sócrates que ensinava pela paixão, essas aulas eram cobradas pelos cidadãos que queriam aprender, e era cobrado caro. A visão de mundo dos sofistas era egoísta e utilitária diante dos problemas práticos, o que opôs os sofistas ao filósofo Sócrates e seus discípulos.
Os sofistas dominavam técnicas de convencimento e discurso, a retórica, eles se preocupavam em dominar essas técnicas de um modo que quem está ouvindo se convencesse rapidamente sobre o que estavam discursando. Os sofistas não se preocupavam se aquilo que estavam falando era vera verdade, porque o essencial para eles era conquistar a opinião do público.
Ao contrário da maiêutica de Sócrates, a retórica dos sofistas não se propunha a levar o interlocutor a questionar-se sobre a verdade dos fatos, dos princípios éticos ou dos sentimentos, mas buscava passar ao ouvinte ideologias que sejam aproveitáveis para manipulação do povo.
Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo argumento poderia ser contraposto por outro, e que a efetividade de um argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma platéia.