A Ressignificacao do corpo pela Educação Física Escolar.
No presente artigo, buscamos promover reflexões acerca do corpo, enquanto construção social, cultural e histórica, no contexto da prática da Educação Física na escola. A partir das premissas relativas aos significados do corpo ao longo da história humana, a constituição das aparências corporais e as conseqüências dessa busca incessante pelo corpo ideal, além das imposições sociais e culturais, são alguns aspectos que indicam a relevância de debater esse tema. Aliás, a temática do corpo sempre esteve na ordem do dia, não apenas nos discursos, mas nas práticas sociais cotidianas, dentre as quais a Educação Física Escolar.
A partir da fundamentação teórica, construiu-se uma base para reflexões e argumentações. Por meio do que foi exposto, fica evidente a fragilidade do corpo, suas limitações e o que leva as pessoas a buscarem algo mais, como se fosse uma necessidade de superação.
Na história, o desprezo pelo corpo é uma forma de desprezar a si mesmo, o que não é verdadeiro para a maioria das sociedades humanas, tanto que em algumas as transformações do corpo realçam uma dimensão lúdica ou uma construção de si próprio. A corporeidade, contemporaneamente, passa a ser determinada por fatores extrínsecos à vontade do indivíduo. E ao alcance das mãos, de certa forma, o indivíduo descobre, através do corpo, uma forma possível de transcendência pessoal e de contato. O corpo não é apenas uma máquina inerte, mas um altera ego de onde emanam sensações e sedução. Ele se transforma no lugar geométrico da reconquista de si, um território a ser explorado na procura de sensações inéditas a serem capturadas.
Não podemos nos esquecer do perigoso discurso midiático que nos é imposto, apresentado pela figura do ídolo a ser copiado, pois a cultura narcísica mostra pressupostos de beleza física constantemente valorizados e colocados como padrão estético, tornando o corpo descartável. Mas há como fugir desse determinismo e