A responsabilidade dos conselhos
A responsabilidade dos Conselhos
Devemos a Michael Porter a definição das variáveis que determinam o ambiente competitivo. Com ele, aprendemos o sentido lógico da análise dos fatores que geram vantagens competitivas nos negócios. Embora o modelo de Porter seja bastante amplo e às vezes até um pouco complexo, seu legado mais importante é a identificação dos diferenciais competitivos que uma empresa desenvolve e que seus concorrentes não são capazes ou têm muita dificuldade de replicar.
A análise e aprovação das estratégias das empresas é uma das responsabilidades primordiais dos Conselhos de Administração. Mas cabe ao Conselho uma missão maior: o questionamento sobre quais diferenciais competitivos serão criados e de que forma irão impactar na eficiência operacional dos negócios.
Para resumir, estratégia é "criar e explorar diferenciais competitivos que se traduzam em crescimento lucrativo dos negócios, elevado retorno sobre os capitais investidos, geração de caixa positivo e aumento de market-share".
Os Executivos apoiados por seus Conselhos precisam primordialmente conhecer a dinâmica dos mercados em que atuam, onde estão os diferenciais competitivos de suas empresas, e que ações devem ser tomadas para proteger e explorar esses diferenciais, criando dificuldades para os concorrentes copiá-los.
Estratégias são essencialmente planos para atingir e sustentar performance através dos diferenciais competitivos. Não são idéias de como desenvolver um produto ou serviço e vendê-los lucrativamente, mas quais novos produtos podem ser lançados e quais mercados podem ser conquistados considerando os diferenciais competitivos já existentes. Conselhos eficazes deverão saber avaliar e aprovar essas estratégias e que de fato agregam valor aos negócios.
A análise se torna simples considerando que há apenas três tipos originais de diferenciais competitivos:
1) De custo - O que permite às empresas produzirem de forma mais econômica que seus