A reprodução
Pierre Bourdieu & Jean Claude Passerom
RESENHA Pierre Bourdieu e Jean Claude Passeron em 1970 publicaram o livro “A Reprodução”, Sistemas das relações fruto de uma ampla pesquisa baseada apenas em experiências sobre o sistema escolar da França, enfocando o sistema universitário e também sobre a seleção no momento de passagem para o ensino superior. A obra é composta por duas partes: Livro I – Fundamentos duma Teoria da Violência Simbólica e Livro II – A Manutenção da Ordem. No capítulo 1 do Livro 2 “capital cultural e comunicação” pedagógica Bourdieu e Passeron, defendem que a escola concebida como instituição de reprodução da cultura legitima, determinando entre outras coisas o modo legítimo de imposição e de inculcação da cultura escolar, de outro lado, as classes sociais, caracterizadas, sob o aspecto da eficácia da comunicação pedagógica, pelas distâncias desiguais em relação a cultura escolar e pelas disposições diferentes para reconhecê-la e adquiri-la. No livro 1 fundamentos de uma teoria da violência simbólica define tradicionalmente o “sistema de educação” como conjunto dos mecanismos institucionais ou hábitos pelos quais se encontra assegurado a transmissão entre as gerações da cultura herdada do passado( Isto é, a informação acumulada), as teorias clássicas tendem a dissociar a reprodução cultural de sua função de reprodução social, isto é, a ignorar o efeito próprio das relações simbólicas na reprodução das relações de força (BOURDIEU E PASSERON, 1970 p. 25). No livro 2 “A Manutenção da Ordem”, Bourdieu e Passeron provêm à análise de estatísticas, com o objetivo de concluírem das origens sociais dos estudantes universitários franceses. A vantagem dos estudantes originários das classes superiores é cada vez mais marcada à medida que se afasta dos domínios da cultura diretamente ensinada e totalmente controlada pela escola e que se passa, por exemplo, do teatro clássico ao teatro de vanguarda ou ainda da literatura