A religião na perspectiva de freud
Resumo: Este trabalho tem por objetivo mostra o fenômeno religioso na perspectiva do pai da psicanalise Freud, que defende a religião e a neurose ter ritos semelhantes. O psicanalista também fala da religião como uma “neurose universal” nas quais todos estão envolvidos, devido os traumas que são carregados.
Palavras-chave: Freud; religião; neurose; psicanálise;
“Enquanto o homem se mantém fiel a Deus, Freud o vê sujeito à imaturidade, à consciência ilusória e à neurose coletiva”.
(Hans Zirker, filósofo e teólogo alemão).
Na história da humanidade, o fenômeno da religiosidade sempre despertou interesse em vários estudiosos. Entre estes se encontra a figura de Freud, que utilizou de sua teoria da psicanalise procurando esclarecer as motivações que levam o homem a buscar uma experiência religiosa.
“...para Freud ( que toma, porém, o maior cuidado em deixar claro que as crenças religiosas não podem ser reduzidas a um simples delírio, e os ritos, a comportamentos compulsivos), a religião é um fenômeno característico de todas as sociedades humanas passadas, presentes e futuras.” (BOUDON,1993, P. 462-472).
Sigmund Freud nasceu em 1856 na Morávia (atualmente República Tcheca) e fez os seus estudos em Viena dedicando-se a anatomia cerebral, e em Paris a neurologia, interessando-se posteriormente pelos fenômenos histéricos. O interesse científico pela religião começa com o texto sobre Ações obsessivas e práticas religiosas (Freud 1972), e posteriormente como os textos: Totem e tabu (Freud 1975), analisa um caso de Uma neurose demoníaca no século décimo sétimo (Freud 1977), O futuro de uma ilusão (Freud 1978), Uma experiência religiosa (Freud 1978), O homem Moisés e a religião monoteísta: três ensaios (Freud 1979). Em 1938, transfere-se para Londres, onde morre de câncer no ano seguinte.
A interpretação freudiana do fenômeno religioso é estruturada em três temas: o da obsessão, o da culpa, e o da ilusão. A primeira das