Psicologia
Artigo no qual Freud desenvolve a noção de pulsão de morte e compulsão à repetição.
Neste trabalho, o autor privilegia a descrição metapsicológica da mente onde, além do ponto de vista dinâmico e topográfico, apresenta uma visão econômica do funcionamento do aparelho psíquico. Freud analisa o princípio de prazer do ponto de vista econômico, correlacionado-o ao princípio de constância, cuja função é de manutenção da quantidade de energia a mais baixa possível - o prazer corresponderia a uma diminuição da quantidade de excitação (já o desprazer, a um aumento).
"A tendência dominante da vida mental e, talvez, da vida nervosa em geral, é o esforço para reduzir, para manter constante ou para remover a tensão interna devida aos estímulos (o ‘Princípio de Nirvana’)” (p. 66).
A partir da observação das brincadeiras de seu neto, dos sonhos das neuroses traumáticas e das transferências na análise (onde os pacientes repetiam na transferência os acontecimentos traumáticos da infância), Freud passa a questionar o papel desempenhado pelo princípio de prazer. Nestas situações nota a presença de uma compulsão à repetição de cenas que não representam prazer e que indicam que o princípio de prazer não rege todo o funcionamento mental: “Existe realmente na mente uma compulsão à repetição que sobrepuja o princípio de prazer” (p.33).
Observando seu neto (um ano e meio de idade), percebe que este brinca com um carretel, fazendo com que desapareça e apareça. Ele analisa este jogo como uma simbolização da falta materna, em que a criança encenava a alternância entre ausência e presença da mãe. O jogo era acompanhado das verbalizações Fort (ir embora), quando o objeto se afastava e Da (ali), quando o mesmo aparecia.
Uma das coisas que chamou a atenção de Freud, diante do jogo, foi o ato da partida do objeto ser encenado com muito mais freqüência do que o episódio do retorno, que seria, supostamente, mais prazeroso. O autor também analisa