A reestruturação produtiva em franca: os sindicatos em movimento
O TERCEIRO SETOR
1. O retrato da pobreza no Brasil
A participação do Terceiro Setor na economia vem sendo discutida há vários anos. Adam Smith enumera as quatro funções básicas do governo: administração e justiça, provisão e manutenção do trabalho e instituições públicas e garantia da soberania do país. Na década de 80, o Brasil gasta 25% do PIB com o social. Ou seja, não investia pouco e sim, mal. Em 1995, gastou-se 1,5% do PIB em despesas operacionais, cerca de 10,9 bilhões de reais. Sendo que 61,1% oriundos das próprias entidades, 12,8% do governo e 16,1% de doadores privados. Dados esses irrelevantes perto dos EUA que investiram 670 bilhões de dólares no Terceiro Setor, 6,3% do PIB. A função de distribuição de renda do governo tem, como objetivo, criar mecanismos que visem a ajustar a distribuição de renda e riqueza na sociedade. E como mecanismos de redistribuição temos as legislações específicas sobre o salário mínimo, as proteções tarifárias e os subsídios. A incapacidade do sistema de mercado em atender e gerar benefícios transfere ao governo a obrigatoriedade de criar mecanismos que redistribuam os frutos gerados pela atividade produtiva do país. Um dos dados mais preocupantes ao analisar-se o Brasil é a alta porcentagem de pobres em nossa população. Ao analisar os níveis de pobreza do brasileiro pós-plano Real, vemos que o governo já se contenta apenas com a estabilização monetária mas não fez nada em questão de política distributiva. Dessa época, mostra-se a profunda crise do país tanto no âmbito interno quanto no externo. Há a impotência para se solucionar tanto os problemas dentro de suas fronteiras quanto em situações que extrapolam os estados singulares. E uma das maiores crises é a da CIDADANIA. A formação de cidadãos poderia minimizar em grande parte os problemas sociais. Reconhecendo essa necessidade, surge o TERCEIRO SETOR