A realidade X pensamento nacional
A realidade X pensamento nacional
A realidade nacional, fez com que os cafeicultores, ou oligarcas rurais, alcançassem a hegemonia própria acima do Estado.
"O império cumpria sua missão histórica, mantendo a unidade nacional, assentado no num romantismo político, cujo fundamento ideológico vinha das doutrinas políticas do escritor francês Benjamin Constant (...). (Porém), Constant era partid rio da soberania popular e considerava a vontade geral superior à vontade individual do monarca; contudo, repudiava a autoridade absoluta e ilimitada do povo. Para ele os ministros constituem poder executivo, e são respons veis perante o rei, que representa um poder neutro - o poder moderador, tendo a seu cargo a defesa do equilíbrio governamental"(71).
O romantismo traduzia as alterações de uma sociedade em que novos fatores surgiam e velhos fatores mudavam de sentido e força. Os intelectuais (pertencentes a aristocracia dominante), ligavam literatura e política, sem separação das mesmas. No fundo negligenciavam o real, caraterizando-se por uma atividade criadora do espírito, numa reação contra a razão iluminista, impregnando espiritualismo, ontologismo e idealismo todo o pensamento europeu e brasileiro. Com o findar do século XIX é abalada esta visão pelo naturalismo cientificista e com ela todas as instituições baseada sobre este pensamento.
Na década de 1850 o Brasil sofre uma grande crise provocada pelas restrições as exportações, gerando uma elevação dos gêneros de 1ª necessidade. A economia nacional sofre um grande abalo até 1864. A mão de obra é escassa e as epidemias de varíola e de cólera, flagelavam as províncias.
"No ambiente político, alternavam-se no poder o Partido Liberal e o Conservador, face ao sistema de governo criado pela constituição imperial de 1824. Tanto um como outro não tinham nenhuma significação ideológica, caracterizando-se pela ausência de fixações doutrin rias. O conservador defendia a ordem constitucional vigente, o