A Realidade Social
A realidade social, tal como a vemos, é um conjunto de fenómenos ou factos particulares, que constitui o objecto real da sociologia, tal como para as demais ciências sociais.
O surgimento histórico da Sociologia como disciplina cientifica foi inicialmente impulsionado pelas profundas transformações ocorridas na sociedade europeia, em resultado da chamada “dupla revolução”, no final do século XVIII. Esta “dupla revolução” é originada pela Revolução Industrial (com implicações sobretudo na organização económica dos países) e a Revolução Francesa de 1789 (cujos principais efeitos se fizeram sentir a nível politico e social. Assim forma-se uma nova ordem social – o mundo contemporâneo.
Esta época foi vivida com particular intensidade pelos pensadores, incluindo filósofos, economistas, historiadores e outros, que entre si debatiam diferentes concepções acerca das profundas mudanças sociais a que assistiam. Podemos destacar algumas destas personalidades, tais como, e como não poderia deixar de ser, Auguste Comte (1789-1857) – que, a título de curiosidade, criou o termo “sociologia” -, Karl Marx (1818-1883), Herbert Spencer (1820-1903). É devido a estas incontornáveis nomes da Sociologia a que devemos algumas das mais importantes análises científicas da sociedade do seu tempo.
A dobragem do século XIX para o XX assinala o inicio da consolidação da Sociologia enquanto forma de conhecimento científico estuda os factos sociais, as interacções sociais. Começa a fazer parte dos programas universitários reconhecendo-a de facto como uma ciência. Várias perspectivas de análise foram sendo criadas diversificando correntes teóricas, onde podemos encontrar o positivismo, marxismo, evolucionismo, funcionalismo, sociologia compreensiva, etc. Contudo destacavam-se os sociólogos Émile Durkheim (1858-1917) e Max Weber (1864-1920), enquanto fundadores dos alicerces teóricos fundamentais desta nova ciência, influenciando de modo decisivo as gerações vindouras