A realidade nos presidios
A realidade vivida hoje nos presídios, onde quase diariamente a mídia publica, matéria sobre rebeliões e prisões, sentenciados que são mortos por seus próprios companheiros de cela, funcionários e familiares de detentos transformados em reféns, resgates e fugas audaciosas praticadas por criminosos. As regras nem sempre são cumpridas e a aplicação penal nem sempre é imposta de maneira adequada, pois hoje em dia o preso é esquecido, a corrupção dentro das cadeias e penitenciarias cresce de maneira assustadora, ainda mais com a situação que acontece dentro da cela, estão completamente lotadas, imundas, sem higiene algum e sem ventilação. A maioria das celas tem a capacidade somente para 24 presos, mas o que se encontra muita das vezes 74 ou mais indivíduo. Infelizmente estamos nos habituando num processo de caos, onde o que ocorre é a falência e desestruturação nos presídios de todo o Brasil.
Os direitos individuais fundamentais garantidos pela Constituição Federal visam resguardar um mínimo de dignidade do indivíduo. Depois da vida, o mais importante bem humano é a sua liberdade. A seguir, advém o direito à dignidade. Infelizmente, dignidade não é algo que vê com freqüência dentro de nossos presídios. Muitas prisões não tem mais a oferecer aos seus detentos do que condições sub-humanas, o que constitui a violação dos Direitos Humanos. A realidade nua e crua é que os presidiários, em nosso país, são maltratados, humilhados e desrespeitados em sua dignidade, contribuindo para que a esperança de seu reajuste desapareça justamente por causa do ambiente hostil que se lhe apresenta quando cruza os portões da penitenciária. Tanto a qualidade de vida desumana quanto a prática de medidas como a tortura, por exemplo, dentro dos presídios, são fatores que impedem o ser humano de cumprir o seu papel de sujeito de direitos e deveres. Na verdade, diante da prática, o preso brasileiro possui mais deveres do que