A Razão Humana - Thomas Hobbes e Hanna Arendt
Para que haja uma “consequência” ou “cadeia de pensamentos” é necessário que se tenha havido uma experiência singular, que faça com que esta fique retida na mente humana como uma “imaginação”. Essa experiência singular é definida por Hobbes como um movimento realizado dentro do indivíduo, a partir do movimento externo do objeto experimentado. Neste sentido, a “cadeia de pensamentos” seria a representação de alguma coisa que esteja sujeita à sensação. Essa representação pode levar o indivíduo a “antecipar” o que há de vir, pois quanto mais experiência se tem, mais “prudência” se obtém, pois a experiência leva o indivíduo a “prever” as consequências a partir de causas já experimentados.
Hobbes compreende que pela repetição dos eventos experimentados os homens podem prever os acontecimentos futuros a partir de ações semelhantes, que funcionam como “sinais”, assim como o fogo é um sinal de fumaça e a nuvem acinzentada é sinal de chuva. Contudo, para a diminuição da incerteza desta espécie de “previsão”, há a necessidade de um maior número de observações, que se configura como traço predominante do empirismo no qual está inserido o pensamento de Hobbes, com seus senões em relação a outros filósofos empiristas.
No limiar dos acontecimentos do século XX, a razão humana foi vista, por alguns pensadores, na trilha da