A questão social indigenas
Quando os portugueses chegaram ao território que hoje forma o território brasileiro havia cerca de cinco milhões de indígenas. No entanto, grande parte da dessa população foi dizimada no processo de colonização. Durante o contato entre os dois povos, parte dos indígenas que sobreviveram teve de deixar as terras que ocupava e partiu em direção ao interior para fugir dos portugueses.
Depois de muitas lutas e muitas perdas, os indígenas conquistaram o direito das terras indígenas e hoje por lei podem ser considerados os primeiros e naturais senhores da terra e possuem ainda o direito de viver nas terras que tradicionalmente ocupam. Mas nem sempre é o que acontece, as terras habitadas por indígenas abundam riquezas naturais e todas essas riquezas atraem empresas e não indígenas interessados em explorá-las, em muitos casos, há confrontos entre indígenas e não indígenas. E a gênese histórica dos primeiros habitantes do Brasil viaja ao Brasil contemporâneo em um salto cronológico.
Por isso existem as leis que protegem, garantem sua sobrevivência e a continuidade de seus modos de vida. Em muitas aldeias há escola, as crianças aprendem a língua e a cultura do seu povo e também as dos não indígenas. Para os indígenas é importante saber português e entender os não indígenas para poder lutar por seus direitos.
Para firmar as idéias do contexto, buscou-se junto a grupos indígenas que hoje residem na cidade, as principais causas da migração indígena para a cidade, tendo em vista que as leis garantem na própria aldeia: alimentação, educação, saúde, moradia, terras cultiváveis, bem-estar e continuidade cultural.
Na verdade, as dificuldades diversas na aldeia e o conhecimento de outras formas de ver e pensar o mundo tem colaborado para que vários grupos indígenas migrem para a cidade sem intuito de retornar a sua origem, ao se prepararem para o convívio com os não indígenas acabam incorporando os costumes do homem branco no seu cotidiano, perdendo valores