A questão penintenciária
O presente trabalho tem como escopo fazer uma análise do livro A Questão Penitenciária, de autoria de Augusto Thopmson. Serão abordados alguns aspectos importantes, em sentido amplo, como o sistema social da prisão, a situação concreta do sistema prisional brasileiro e a irrecuperação penitenciária.
O livro refere-se também ao processo de prisonização como sistema social, o termo prisonização quer significar um fenômeno que ocorre nas penitenciárias onde os presos adquirem novos valores/costumes, e que todos estão submetidos através de regras, é uma espécie de cultura, mas que alcança somente os pertencentes ao meio prisional. Esse meio prisional, a assimilação de uma nova cultura específica das penitenciárias faz a função social de pena se tornar incompatível, porque o preso adquire valores que são compatíveis com a penitenciária e que se tornam incompatíveis com a sociedade comum, dos lados de fora do muro das penitenciárias.
A análise do livro mostra uma certa distância entre a função social que a pena deveria desempenhar e a realidade que é praticada, pois, na realidade, o que se pode observar é que a pena visa apenas a permanência tranquila e sem problemas do preso na penitenciária.
FINS CONTRADITÓRIOS ATRIBUIDOS À PENA DE PRISÃO
Referente à finalidade da pena de prisão, são propostos alguns objetivos concomitantemente, que são eles: a punição pelo mal causado pelo delinqüente, a prevenção da prática de novas infrações e a regeneração do preso.
Antigamente a pena visava um castigo exemplar, hodiernamente a reabilitação do preso passou a merecer ênfase especial, e os presos, por meio de regras a serem cumpridas, recebem assistência educacional, moral e espiritual, visando assegurar que ao voltar para a sociedade ele estará apto a obedecer às leis.
A tríplice finalidade visa punir, intimidar e reformar o preso, no qual punir significa fazer sofrer, intimidar quer dizer que o castigo deve causar terror no preso e reformar que significa