A Questão do Mercúrio em Lâmpadas Fluorescentes
O mercúrio tem grande capacidade de biomagnificação – transferência da substância de um organismo para outro, através da cadeia alimentar. Devido à toxidade do mercúrio, ele pode trazer riscos à saúde do homem considerando a contaminação de solo, água, plantas e animais, recursos utilizados muitas vezes para sua alimentação.
Existem várias formas de contaminação do meio ambiente por mercúrio. Uma delas é pelo descarte de lâmpadas de iluminação em lugares inapropriados. As lâmpadas que ocorrem esse problema são as lâmpadas fluorescentes (contêm mercúrio) e as lâmpadas de descarga (contém vapor de mercúrio, vapor de sódio e vapor metálico). Sendo que a quantidade de mercúrio em uma lâmpada fluorescente pode variar de acordo com o tipo de lâmpada, fabricante e ano de fabricação, já que essa quantidade vem diminuindo com o decorrer dos anos. Outro risco encontrado foi no vidro que compõe a lâmpada, pois ele também apresenta mercúrio, o qual é extraído a altas temperaturas na utilização do material.
As lâmpadas que contêm mercúrio são bastante utilizadas, devido suas vantagens. Elas têm maior eficiência luminosa, vida útil mais longa e são mais econômicas em relação ao consumo de energia. Hoje em dia o Brasil comercializa 100 milhões de lâmpadas por ano, e o problema vem se agravando. Contando também com o problema de que as indústrias de reciclagem são responsáveis por apenas 6% da quantidade de lâmpadas queimadas no país, pelo fato de ser um processo muito caro. É cobrado de 60 a 70 centavos por lâmpada, sendo acrescentado ainda o valor da embalagem, o seguro contra acidentes e o frete – fator que varia tanto com a distância, quanto com o volume. Dessa forma dependendo do local em que a lâmpada se encontra, esse fator desmotiva tanto a indústria recicladora, quanto a geradora do resíduo o que no final das contas acaba sendo prejudicial para o meio ambiente.
O Projeto de Política Estadual de Resíduos Sólidos da