A queima da cana de açúcar e os agravos à saúde
Autor: Elaine Aparecida Nitopi Siqueira
Email: enitopi@hotmail.com
Atualização em 10/05/2012 Envio em 11/05/2012
RESUMO
Nos últimos anos, com o crescimento da indústria da cana, houve sérias consequências tanto com relação ao meio ambiente como para os trabalhadores. Associam-se, desde o século passado, significativamente a poluição atmosférica e morbimortalidade da raça humana, inclusive para níveis de poluentes no ar considerado como seguro para saúde da população exposta. A produção da cana é destrutiva pois promove a queima dos solos, além da poluição. Nos canaviais a queimada implica na combustão rápida de um volume enorme de matéria orgânica e que ocorre em maior intensidade nos períodos de seca e temperaturas mais baixas, sabidamente prejudiciais ao sistema respiratório. O interesse pelo problema reside no fato de que muitos pacientes com doenças crônicas respiratórias referem agravamento dos sintomas no período do ano que há a queima da cana-de-açúcar. A fisioterapia se apresenta como uma alternativa para aliviar os sintomas, ou mesmo auxiliando no tratamento das patologias já instaladas através de métodos como aerossolterapia e exercícios respiratórios. Uma opção para acabar com as queimadas é a mecanização do setor. Em março de 2006, o prazo para que proibisse a queima da cana foi aumentado de quinze (15) para mais vinte (20) anos. As colheitadeiras funcionam em áreas planas e contínuas, mas causa maior compactação do solo e prejudicam as mudas que deveriam rebrotar, além do que exige corte rente ao solo e a ponteira da cana bem aparada gerando superexploração do trabalho. Porém a colheita da cana mecanizada não só aumenta o rendimento operacional do procedimento como também reduz o impacto ambiental, por dispensar a queima de resíduos, mas, do ponto de vista social pode causar grande desemprego, já que uma colhedora é capaz de substituir oitenta (80)