A Química Forense, ou seja, os conhecimentos da área de Química aplicados a elucidação da prática de delitos vem se constuituindo em um aliado poderoso dos peritos do Núcleo de Análise Instrumental do Instituto de Criminalística de São Paulo para identificar os mais diversos tipos de substâncias usadas em crimes de todos os tipos. Os crimes podem ser desde delitos ambientais, como o despejo de produtos líquidos ou gasoso, perigosos ao Meio Ambiente, lançados sem tratamento por indústrias, passando a casos de envenenamento por produtos usados para eliminar pragas em plantações, insetos e ratos que são injetados em comidas, como, por exemplo, em bombons, bolos e carnes, ou, então, na adulteração de remédios, de bebidas e de oujtros produtos alimentícios. A diretora do Núcleo, Maria de Fátima Pedroso, explica que, para que uma substância seja identificada com um grau de certeza, ela e sua equipe usam, geralmente, várias técnicas e equipamentos diferentes. Na maior parte dos casos, esse cruzamento de técnicas garante laudos precisos. Mas no mundo da química existe uma quantidade enorme de variações possíveis - só de adulterantes existem 35 mil substâncias de ação farmacológica (como praguicidas e inseticidas) e mais de 5.600 remédios nas mais diversas formas. Quando o Viagra e o Ecstasy surgiram, os peritos não tinham material-padrão para comparar qualquer tipo de adulteração com o original. No início, adulterações realizadas de Viagra e de Ecstasy passavam por todos os tipos de equipamentos e não eram detectadas, mas hoje já são. A cromatografia - palavra que vem do grego: croma significa cor e grafia, escrita - é um processo que separa as moléculas de misturas, a partir da solubilidade (propriedade de uma substância dissolver em outra) delas em diferentes solventes (líquido capaz de dissolver um grande número de substâncias) e em sua capacidade de se mover em diferentes resíduos. Traduzindo: é uma ferramenta que pega uma mistura e revela todos os ingredientes e a