A Psicologia Social no Brasil
O primeiro livro com título específico foi publicado no Brasil somente em 1921. De autoria de Francisco José de Oliveira Viana, intitulado de “Pequenos estudos de psychologia”.
Mas, já havia um pensamento psicossocial no Brasil, que é normalmente denominado de "pensamento social brasileiro". Dentre os autores que mais se destacaram neste sentido, citam-se Sylvio Romero, Raimundo Nina Rodrigues e Manoel Bomfim.
Na década de 1930 surgiram os primeiros cursos superiores em Psicologia Social. Cabendo a Raul Carlos Briquet o pioneirismo docente, ele foi responsável pela cadeira de Psicologia Social na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. Desse curso resultou uma publicação do primeiro livro acadêmico em Psicologia Social, editado em 1935.
O segundo curso de Psicologia Social foi ministrado em 1935 por Arthur Ramos, que resultou na edição do livro “Introdução à Psychologia Social”, publicado em 1936, na Escola de Economia e Direito da extinta Universidade do Distrito Federal. Para ele, a Psicologia Social era uma disciplina entre a linha da Psicologia e da Sociologia que necessitava marcar os limites dentro de seu campo, com crescente importância, embora seus métodos e objetivos ainda não estivessem claros.
Na década de 1950, houve maior ênfase no setor educacional. Assim, foram criados órgãos como o “Conselho Nacional de Pesquisas” (CNPQ) em 1951, “Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário” (CADES) em 1954, e o “Serviço de Educação de Adultos”, em 1957. Este momento foi importante para a Psicologia Social, pois possibilitou as primeiras teses de doutorado com temáticas comprometidas com essa perspectiva, como a tese de Carolina Bori, que versava