Processamento auditivo central explicado
A avaliação do processamento auditivo central (também chamada de PAC), tem sido muito utilizada como complemento no diagnóstico e pesquisa dos distúrbios de aprendizagem em geral. É também instrumento importante no diagnóstico dos distúrbios de linguagem, dislexia e em quadros de déficit de atenção. Justifica-se então, plenamente o encaminhamento para avaliação completa do PAC que inclui: audiometria tonal, audiometria vocal, imitanciometria, teste de localização sonora, memória sequencial verbal e não-verbal, teste de fala com ruído branco, teste de fusão e síntese biaural, teste de fala filtrada, teste dicótico de sons não-verbais, teste dicótico de dígitos, teste dicótico SSW, teste dicótico PSI ou SSI, teste RGDT e teste PPST. Cada um destes testes permite avaliar habilidades específicas que nos fornecem dados valiosos sobre como o indivíduo processa os sons que ouve, sejam linguísticos ou não-linguísticos. Após a determinação do grau de audição através da avaliação audiológica convencional, procede-se aos testes específicos. Avaliar a capacidade de localizar de onde vem o som assegura se a base da habilidade de figura-fundo já se desenvolveu, pois, requer, além de atenção auditiva, discriminação da intensidade sonora. Os testes de memória sequencial verbal e não-verbal
- permitem avaliar se o indivíduo tem capacidade de representar os eventos sonoros no tempo retendo as sequências ordenadamente. É a habilidade responsável pela compreensão do discurso, seja falado ou escrito. Os testes de fala com ruído branco
- estão voltados para a avaliação da habilidade de fechamento auditivo. Significa que o indivíduo tem capacidade de ouvir e entender a fala mesmo em presença de ruídos grosseiros como: chuva forte, trovão, buzina, ruído de trânsito, cachorro latindo, batidas de martelo, etc. Desde que o ruído de fundo não ultrapasse o volume de fala normal, esta capacidade de “preencher os espaços em brancos”