A psicologia nobrasil sobre sua construção
Este resumo tem como objetivo expor as principais ideias apresentadas pela psicóloga e professora Mitsuko Aparecida Makino Antunes, nos capítulos “A preocupação com os fenômenos psicológicos no período colonial” e “A preocupação com os fenômenos psicológicos no século XIX”, do livro “A Psicologia no Brasil – Leitura histórica sobre sua constituição”. A autora inicia o primeiro capitulo da obra esclarecendo que o objetivo deste é, caracterizar, ainda que brevemente, a produção referente aos fenômenos psicológicos no período colonial. Antunes informa, com base em Pessotti, que as obras então produzidas não possuíam vínculos diretos com instituições especificas, justificando assim, o nome de período pré-institucional da Psicologia. A professora ainda expõe que os autores eram brasileiros, nascidos ou radicados, e exerciam funções políticas ou religiosas. Segundo Antunes a preocupação com fenômenos psicológicos é perceptível em obras de outras áreas do saber, como Teologia, Pedagogia e Medicina. Assim a autora cita os temas mais frequentes e autores que os trataram, por exemplo: Padre Vieira, Encarnação Pinna, Mathias Aires, Sequeira e Mello Franco abordaram o estudo das sensações e sentidos, preanunciando temas característicos que a Psicologia viria a desenvolver como a loucura, fatores de natureza sexual e instintos; Feliciano Souza Nunes, Alexandre de Gusmão Azeredo Coutinho e Mello Franco trataram do papel da mulher na sociedade, destacando temas de natureza psicológica como gravidez, amamentação, entre outros. Encerrando o capítulo a autora destaca que a situação do Brasil como colonia de exploração necessitava de uma organização repressiva e de um aparato ideológico, realizado principalmente, pela Igreja Católica, assim é possível perceber a estreita vinculação entre os conhecimentos produzidos na colônia e os interesses da metrópole. No