A PROFILAXIA ANTIMICROBIANA NOS CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS
A PROFILAXIA ANTIMICROBIANA NOS CONSULTÓRIOS
ODONTOLÓGICOS
ANTIMICROBIAL PROPHYLAXIS AT DENTISTRY OFFICES
Alessandra Marcondes ARANEGA1
Edmur Aparecido CALLESTINI2
Fernanda Rister LEMOS3
Daiane Quintanilha BAPTISTA4
Camila Benez RICIERI4
RESUMO
O uso crescente e inadequado dos antibióticos nem sempre impede a bacteremia transitória trans-operatória, especialmente quando estes são mal indicados e utilizados apenas no pós-operatório. O objetivo desse trabalho foi rever conceitos sobre a profilaxia antimicrobiana, suas indicações e formas de utilização e avaliar como os cirurgiões dentistas conduzem este tipo de terapêutica medicamentosa. Para isso realizou-se um questionário com perguntas sobre a profilaxia antimicrobiana respondido por 100 cirurgiões dentistas que exercem suas atividades em consultórios particulares em algumas cidades do oeste paulista. Concluiu-se que a maioria dos profissionais não sabe indicar a terapêutica profilática e utiliza os antibióticos de maneira incorreta, seja em sua eleição, dosagem e ou tempo de uso.
UNITERMOS: Antibioticoprofilaxia, pesquisa qualitativa, entrevista.
INTRODUÇÃO
A profilaxia antimicrobiana como forma de prevenção da bacteremia transitória em pacientes susceptíveis à endocardite bacteriana tornou-se uma conduta racional na execução de muitos procedimentos odontológicos e novos conceitos surgem freqüentemente com a utilização dos antibióticos profiláticos (DEBONI et al., 5 2001).
Apesar do uso crescente dos antibióticos e das inúmeras tentativas de se levar ao conhecimento do cirurgião-dentista a importância do emprego correto da profilaxia antimicrobiana para pacientes especiais, nem sempre a migração dos microrganismos pela corrente sangüínea durante o ato operatório é inibida de forma eficaz, especialmente quando estes fármacos são utilizados apenas no pós-operatório. Desde 1937, para
BURKET e BURN,1 o uso de antibiótico de 3 a 6 horas após o procedimento