A produção de subjetividades pelo uso de imagens
Cristina Tauffer Padilha da Costa
RESUMO O universo imagético faz a mediação do ser com o seu entorno, contribuindo para a produção de outras formas de pensamento. As imagens possibilitam o engendramento das subjetividades, a invenção do desejo e se configuram como forma e força de expressão. A criação dá vazão à fantasia e a toda potência presente na linguagem artística, possibilitando a invenção, o surgimento do novo que se dá no entrecruzamento intensivo de fluxos, movimentos e relações. Esse relata o resultado de uma pesquisa que buscou analisar a produção e a divulgação de vídeos no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, a tessitura das conversações e agenciamento dos processos de aprendizagem e ensino experimentados no currículo produzido no cotidiano escolar. O enfoque metodológico centrou-se nos movimentos que no espaçotempo do cotidiano escolar se manifestam como produção de subjetividades e que se mostram presentes nos trabalhos que envolvem a imagem em movimento e a utilização de mídias eletrônicas. Utilizei como teoria de apoio os estudos no/do/com o cotidiano, buscando referências em Carlos Eduardo Ferraço, Regina Leite Garcia e Edson Luiz André de Souza, puxando os fios lançados também por outros autores como Valter Filé, Cesar Guimarães, Arlindo Machado, Jésus Martín-Barbero e Alberto Mangel. Sobre as redes de subjetividades e seus engendramentos, utilizei como intercessores teóricos Janete Magalhães Carvalho, Michel De Certeau, Gilles Deleuze e Félix Guattari, Michel Foucault, Alfredo Veiga-Neto, dentre outros. A partir dos movimentos engendrados no percurso, percebi que as imagens (e o uso que se faz delas) mostram-se como constituidoras de sujeitos e corpos, de modos de existência. Ao trabalhar com elas, não houve a pretensão de desnudar verdades, interpretar e revelar sentidos escondidos tentando definir o que realmente dizem. A busca foi pela