A presença visível e invisível de Durkheim na história da educação brasileira
Bruno Bontempi Junior
Por Edineia Koeler Bontempi Junior faz uma incursão nas produções acadêmicas brasileiras no final da década de 60 e início de 70. Em sua pesquisa busca referências diretas e indiretas ao sociólogo francês Emilie Durkheim considerado o pai da Sociologia e que fez profundas análises em educação no seu país de origem (França) o que o tornou também um influente pensador educacional. Logo no inicio do texto Bontempi, percebe que apenas um autor, Fernando Azevedo, declarou-se adepto de Durkheim na historiografia da educação brasileira. Isso não significa que sua influência tenha sido pequena. Pois a memória duradoura de Azevedo marcou as questões de método de análise e escrita da história, e de explicação de relações entre educação e sociedade. O autor verifica que apesar de não ser citado diretamente, Durkheim é um autor em “posição de “transdiscursividade”, pois percebem-se os conceitos de Durkheim nos autores sem que seja necessário citá-lo diretamente. Azevedo concorda com Durkheim ao afirmar que “é a sociologia a ciência que permite a síntese, ao desprender e isolar o fato social da complexidade de seus condicionantes, a fim de estabelecer as leis gerais que regulam a gênese, a organização e a evolução da vida social”. A sociologia de Azevedo pauta-se fundamentalmente em Durkheim, analisando a sociedade como síntese dos indivíduos e não como soma e compreendendo a educação como um sistema que se impõe aos indivíduos, resultado dos costumes e idéias produzidas pela vida comum expressando necessidades de gerações passadas. Pelo método durkheimiano, há que se estudar a realidade social desde as suas origens, numa relação onde caberia a historia “reconstruir o passado em suas condições precisas de tempo e espaço, “descrevendo os acontecimentos e dispondo-os em ordem cronológica, enquanto à sociologia, dos dados quase brutos da historia, estabelece as