A Pr Tica Do Assistente Social
Entendemos por instrumentalidade a concepção desenvolvida por Guerra (2000) que, a partir de uma leitura Lukacsiana da obra de Marx, constrói o debate sobre a instrumentalidade do Serviço Social, compreendendo-a em três níveis: no que diz respeito à sua funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; no que se refere à sua peculiaridade operatória (aspecto instrumental-operativo); e como uma mediação que permite a passagem das análises universais às singularidades da intervenção profissional.
O debate sobre a instrumentalidade do Serviço Social percorre a historiada profissão em razão da própria natureza desta: o Serviço Social se constitui como profissão no momento histórico em que os setores dominantes da sociedade (Estado e empresariado) começam a intervir de forma contínua e sistemática, nas conseqüências da “questão social”, através, sobretudo, das chamadas políticas sociais.
Torna-se mister situar essa questão, pois ela revela um dado que é crucial para o debate sobre a instrumentalidade: o Serviço Social surge na história como uma profissão fundamentalmente interventiva, isto é, que visa produzir mudanças no cotidiano da vida social das populações atendidas – os usuários do Serviço Social. “Assim, a dimensão prática (técnico-operativa) tende a ser objeto privilegiado de estudos no âmbito da profissão.
As competências do Serviço Social na contemporaneidade: política, ética, investigação e intervenção
A partir de então, entramos no período em que os autores contemporâneos da profissão chamam de “maturidade acadêmica e profissional do Serviço Social” (Netto, 1996). Definindo novos requisitos para status de competência profissional. Iamamoto (2004) apontou três dimensões que devem ser do domínio do Assistente Social:
. Competência ética – política - o Assistente Social não é um profissional “neutro”. Sua prática se realiza no marco das relações de poder e de forças