A POLÍTICA NO IMPÉRIO E NO INÍCIO DA REPÚBLICA VELHA
Guarda Nacional
Durante o período regencial, a ausência de um representante do poder real abriu caminho para uma série de revoltas e levantes que tentavam ir contra o governo. Mediante essa ameaça, ainda sob a vigência da Regência Trina Permanente (1831 - 1835), o ministro da justiça, Diogo Antônio Feijó, estipulou a criação da Guarda Nacional – uma milícia civil, em agosto de 1831
Essa milícia civil seria formada por homens livres destinados a manter a ordem interna.
Assim, seu papel fundamental era o de mantenedora da ordem interna, entendendo-se por este termo o predomínio da elite e o sufocamento a qualquer foco de rebelião social.
As Regências enfrentaram rebeliões que marcaram esse período no Brasil. Dentre as rebeliões regenciais contam-se três revoltas de escravos:
a Revolta das Carrancas (1833, em Minas) a Revolta dos Malês (1835, Salvador) a revolta de Manuel Congo (1838, no Rio de Janeiro).
As rebeliões eclodiram, num período de nove anos, em quase todo o país, a maioria delas decorrente da insatisfação das elites regionais aliadas com a classe média urbana (formada por profissionais liberais como jornalistas, funcionários e militares) que, insatisfeitos com o poder central do Rio de Janeiro, protestavam contra as dificuldades econômicas, o aumento dos impostos e a nomeação de governadores sem respaldo local.
A Cabanada foi uma das primeiras rebeliões ocorridas no Brasil no período regencial, de duração significativa, entre 1832 e 1835, abrangendo regiões das províncias de Pernambuco e de Alagoas. No entanto é um movimento pouco retratado nos livros didáticos e, portanto desconhecido da maioria, provavelmente por ter características peculiares, eventualmente opostas à da maioria dos movimentos da época.
Ao contrário dos principais movimentos que ocorreram em Pernambuco e que deram a província uma marca de “mais avançada”, a rebelião teve caráter conservador, pois