A política industrial automobilística no Brasil como forma representativa do poder da grande corporação

2340 palavras 10 páginas
Política industrial – conceituação e debate teórico
Principalmente agora, em um momento de relativo esplendor do discurso liberal (nascido nas economias centrais e “exportado” à periferia estagnada) e da cartilha não intervencionista do Consenso de Washington, pensar políticas industriais que demarquem o intervencionismo estatal pode parecer bastante controverso.
Ainda que e possa definir de forma bastante clara e sintética que a finalidade de a política industrial tem por finalidade a “promoção da atividade produtiva na direção de estágios de desenvolvimento superiores aos preexistentes em determinado espaço nacional [...] a partir de incentivos e regulações que podem afetar a alocação inter e intra-industrial de recursos” (FERRAZ, p.545), o debate teórico que envolve esta questão não se apresenta como tão simplista e consensual.
De um lado, a escola neoclássica (vertente ortodoxa) aponta que políticas industriais somente deveriam ser aplicadas como medidas corretivas para combater falhas de mercado (quando os mercados falham em promover o uso eficiente de recursos - estruturas de mercado não competitivas, externalidades, bens públicos, direitos de propriedade comuns e diferenças entre as taxas de preferências intertemporais sociais e privadas), sendo, do contrário, causadoras de distorções e ineficiências. Do lado diametralmente oposto inserem-se as vertentes desenvolvimentista e evolucionista, ambas pensando o Estado como um elemento ativo (e não apenas corretivo) e defendem o emprego de políticas industriais a fim de que se obtenha uma dinamização da estrutura produtiva interna, permitindo assim uma mais sólida inserção internacional (visão desenvolvimentista)1 ou uma melhor capacitação técnica (vertente evolucionista embasada na ótica schumpeteriana de inovações contínuas devendo o Estado desenvolver políticas industriais de fomento ao e progresso técnico).

[...] uma política industrial tem estreitas relações com uma política de defesa da concorrência.

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