A política fiscal do governo Lula
A expansão da demanda mundial atrelada a uma taxa de juros muito baixa proporcionou uma desejável liquidez no mercado. Além disso, o forte crescimento da economia chinesa contribuiu para a elevação dos preços das commodities no mercado mundial. Esses dois fatores favoreceram a entrada de fluxos expressivos de investimento estrangeiro direto no Brasil, o que permitiu ao país reduzir rapidamente os coeficientes de endividamento externo.
Após dez anos de sucessivos déficits, o Brasil experimentou passar por superávits em conta-corrente entre os anos de 2003 e 2007 devido à combinação da melhora dos preços das exportações com o aumento da quantidade de vendas externas acima da taxa de crescimento das importações. Além desses fatores, outros que explicam a melhora significativa das finanças públicas são as reformas tributária e previdenciária que ocorreram por volta de 2003.
Em verdade, a conjuntura econômica na qual está inserido o governo Lula foi o grande diferencial na posição que as finanças públicas vêm tomando. Atrelado a isso, o fato de ser um governo que soube aproveitar as oportunidades como o controle e a queda da inflação, um esforço pela redução do endividamento externo e, consequentemente, da dependência externa foram fatos que contribuíram para a diminuição e o controle da dívida externa do país.