analise divida

2 ANTECEDENTE HISTÓRICO: DA ESTABILIZAÇÃO DOS PREÇOS PARA BUSCA DA ESTABILIZAÇÃO DAS FINANÇAS. O GOVERNO FHC Para entender a relação dívida pública/PIB 1 é preciso voltar ao contexto histórico em que essa relação se insere na análise econômica brasileira. Tomaremos como ponto de partida a mundialização do capital vivida a partir das ideias neoliberais que já vinham sendo utilizadas em outros países e que foi adotada pela política econômica brasileira no governo Fernando Henrique Cardoso.
"Um contexto marcado, de um lado, por baixos índices de crescimento econômico, recorrentes crises e queda da inflação e, de outro lado, por um imenso processo de internacionalização do capital, abertura das economias nacionais, profundas alterações na relação entre o trabalho e o capital e vigorosa mudança tecnológica" (CURSI, 2000, p 1.). Essa ideia abriu um amplo espaço para o capital financeiro rentista, carecendo desta forma de uma consolidação no mercado de câmbio, de capitais e de títulos em âmbito mundial. Com uma maior participação desse capital financeiro, foi necessário que o Estado adotasse políticas ortodoxas, com o objetivo de controlar a demanda agregada e de evitar pressões inflacionárias junto com desequilíbrios externos e fiscais que poderiam levar há constantes mudanças cambias. Com esse cenário foi possível observar uma economia mundial mais integrada para atender a existência de um mercado financeiro global à medida que este buscava impor políticas de abertura comerciais e políticas deflacionárias. O Brasil demorou a adotar esse processo de integração2. Entretanto, inúmeros fatores contribuíram para que essa situação começasse a mudar no inicio da década de 90 principalmente depois que os países que mais recebiam capitais financeiros começaram a entrar em crise e dessa forma, não só o Brasil, como também países da América Latina, principalmente depois do consenso de Washington3, adentrariam como destino desse capital financeiro. Foi a partir desse