A política - da finalidade do estado
Analisando o télos do Estado Já vimos anteriormente com o meu colega Marcos que o homem é um animal feito para a sociedade civil, pois como é dotado da fala, sua télos é viver em uma cidade e participar da vida política. Ou seja, mesmo que não tivessemos a necessidade uns dos outros, ainda viveríamos juntos. O interesse comum também nos une, pois aí cada um encontra meios de viver melhor. Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para viver bem juntos que se fez o Estado. Para Aristóteles, o propósito da política é formar bons cidadãos e cultivar o bom carater. Aqueles que propõem dar aos Estados uma boa constituição prestam atenção principalmente nas virtudes, entendidas como o meio-termo, e nos vicios, entendido como excesso, que interessam a sociedade civil e que a verdeira cidade deve estimar acima de tudo a virtude, pois os cidadãos se tornam virtuosos a partir da prática de bons hábitos. Para o melhor entendimento, pensem neste exemplo prático:
Um casal cria seu filho cria o seu filho com base em uma alimentação balanceada e na prática de esportes. Em contraposto, pense em um casal e vida corrida, que baseia sua alimentação em fast-foods e refeições prontas. Consequentemente, o filho deste casal teria os mesmos hábitos. Suponha então que as duas crianças são amigas e logo se torna evidente as diferenças entre elas: A primeira apresenta peso normal e saúde perfeita, enquanto a outra está com sobrepeso, o que a desanima a brincar e praticar esportes. Imagine agora que se descobre que a segunda criança tem diabetes e seus pais decidem intervir em sua alimentação, cortando todos os alimentos prejudiciais. A criança tem muita dificuldade e por vezes sai da dieta. A criança de alimentação saudável não consegue compreender tamanha dificuldade, já que este foi seu estilo de vida desde sempre. Mas o que isso tem a ver com virtude e Estado? Entenda a educação alimentar de cada criança como uma lei ou instrução de Estados diferentes.