A política aristotélica
A POLÍTICA ARISTOTÉLICA E OS SEUS PARALELOS COM A CONTEMPORANEIDADE
Consideremos que a política aristotélica é intrinsecamente unida à moral; a virtude se transfigura e se faz também como sendo um fim do Estado, preenchendo aquilo que seria a formação moral dos cidadãos, tal como o conjunto dos meios necessários para essa referida formação. Dessa forma, o Estado seria uma organização moral, a qual se faria complemento de toda a atividade moral individual. Fazendo um paralelo com tais categorias, a política configura-se distintamente da moral, tendo em vista que a moral tem como objetivo direcionado o indivíduo, enquanto a política pretende atingir principalmente um meio coletivo. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. Essas categorias são tratadas precisamente no livro A Política, de Aristóteles.
Até mesmo nos dias atuais, a existência de valores éticos e morais, virtuosos e políticos se faz relevante na manutenção dessa rede gigantescamente articulada que é a sociedade contemporânea, na faixa dos seus sete bilhões de componentes. É necessário o cultivo diário de valores para que toda essa articulação não afunde num assombroso caos; Nenhum ser é igual ao outro, mas é preciso que se estabeleça limites de ações gerais para os indivíduos, por enquanto por meio do Estado, para que dessa forma haja ao menos o mínimo de respeito à vida e dignidade humana.
Então, é extremamente importante o estudo e aprofundamento da ética, da moral e do direito, tendo em vista que estamos passando por um processo muito rápido de degradação moral, seja na política, na educação, na justiça, na economia, no trabalho e em muitas outras áreas. Assim, se faz urgentemente necessário organizar um novo referencial de orientação do comportamento humano, em que prevaleça o bem de todos, o bem comum.
Partindo-se para uma análise mais generalizada do pouco até agora abordado, infere-se então que o Estado é superior ao indivíduo, assim como também o