A polita externa do desenvolvimento
Situado em pleno período populista, o governo JK dele se destoa, inclusive em política externa. Conseguindo inicialmente conciliar o acelerado crescimento industrial com o alinhamento automático em relação a Washington, o presidente adotará um discurso de contornos nacionalistas após 1958.
O lançamento da Operação Pan Americana não apenas restabelece uma barganha diplomática em relação aos EUA, como a própria política externa brasileira começa a ultrapassar seus limites estruturais, vigentes desde Rio Branco.
O populismo trabalhista, com sua retórica distributiva, foi substituído pelo discurso desenvolvimentista e modernizador dos “50 anos em 5”, que pretendia ter 50 anos de desenvolvimento em 5. O projeto econômico foi estruturado através do Plano Nacional de Desenvolvimento, ou Plano de Metas que propunha metas de infraestrutura para o setor público e também metas de substituição de importações, sobretudo para o setor privado.
JK manteve contato com Washington, e visitou diversas cidades europeias, com isso os financiamentos estrangeiros aumentaram substancialmente, passando de 80 milhões em 1955 para 523 milhões em 1957. Houve também a instalação de indústrias no Brasil, primeiro a Volkswagen e depois empresas americanas.
Um dos eixos básicos da política externa brasileira foi à estreita cooperação com Portugal. O que realmente contava para ambos era, de um lado garantir a adesão de um país ex-colonizado por Portugal, situado no cenário Atlântico e despontando como liderança em seu continente, a defesa de suas posições na África, e de outro proteger os interesses econômicos do café brasileiro no mercado mundial.
A diplomacia brasileira adotou não apenas um tom antissoviético, como antissocialista, ao defender o “levante anticomunista húngaro” e enviar recursos financeiros para a manutenção de refugiados. Buscando assim estreitar a colaboração com os EUA e a ONU, ao mesmo tempo em que procurava destacar-se