A POBREZA COMO UM FENOMENO MULTIDIMENSIONAL
O artigo de Antônio Pedro Albernaz Crespo e Elaine Gurovitz se apropria das visões de Amartya Sem e Deepa Narayan para conceituar pobreza, autores que tiveram destaque no assunto, na comunidade acadêmica internacional e às organizações internacionais de desenvolvimento.
A principio define o conceito de pobreza e salienta que é importante a compreensão do tema, pois é através do entendimento profundo do assunto é que serão elaborado as políticas publicas. Essas políticas são necessárias para tentar alavancar uma parcela excluída da sociedade. É preciso conhecer o fenômeno e embasado nele levantar dados, números para pensar na política pública para essa população.
O conceito de pobreza pode ser feito levando em conta algum “juízo de valor” em termos relativos ou absolutos, isso ocorre quando se olha uma determinada realidade e julga aquilo como pobreza, podemos usar como exemplo, uma família humilde que vive na roça, eles não passam necessidade alguma, no entanto pelo meu ponto de vista, eles vivem na pobreza.
A pobreza relativa leva em conta uma abordagem macroeconômica, ou seja analisa a pobreza dos outros com base na pobreza que eu conheço, ou seja quando se compara o pobre do estado de São Paulo, com o pobre da Europa, logo julgamos que o pobre de São Paulo é mais pobre, justamente pelo concepção que eu tenho de pobreza.
No caso da pobreza absoluta é levado em conta a fixação de padrões para o nível mínimo ou suficiente para suprir as necessidades básicas, considerando os aspectos nutricionais, de moradia ou de vestuário. Estar abaixo da linha da pobreza, é quando a pessoa não tem esse mínimo para sobreviver. De acordo com a ONU, é necessário um mínimo de 2 dólares por dia para, para manter uma nutrição de 2.000kcal aproximadamente.
Até o século XIX e XX, o enfoque sobre pobreza estava predominantemente atrelado a sobrevivência. Então teve origem o trabalho de algumas nutricionistas que apontaram o cansaço dos