Desigualdades sociais
Actualmente, a análise das desigualdades sociais, assume um papel cada vez mais preponderante a nível nacional, europeu e mundial. Tal como Firmino da Costa (2012) afirma, “estas análises recentes sobre o tema têm vindo a colocar em evidência a presença forte e o carácter transversal das desigualdades sociais contemporâneas, os diversos domínios em que elas se manifestam e as conexões que estabelecem com muitos outros aspectos da vida social, assim como a pluralidade complexa das suas causas e a ainda maior diversidade dos seus impactos, muitos deles com grande relevância social”.
Segundo Göran Therborn (2006: 4), as desigualdades são “diferenças que consideramos injustas. Des-igualdade é a negação da igualdade. Para além da perceção de desigualdade, estabelece-se assim uma noção de injustiça, de violação de qualquer tipo de igualdade” (Carmo, sd).
Considera-se ainda, Pierre Bourdieu, como sendo o autor mais conhecido do conceito de desigualdades, compreendendo a distribuição desigual de capitais económicos, culturais, sociais, sendo a organização do espaço social.
Paralelamente, Marx, Weber e Parsons “apontavam já para essas interligações ou Pfefferkorn (2008) destaca sobretudo a influência recíproca e a conexão estrutural entre as principais desigualdades sociais do mundo actual” (Costa, 2012, p.).
Ainda, Tilly (2005), Therborn (2006) ou Massey (2007), referem que “embora sublinhem igualmente as interconexões, não deixam de chamar a atenção para que a multiplicidade de dimensões, agentes e processos relativos às desigualdades sociais contemporâneas suscita um quadro complexo de dinâmicas, umas confluentes, outras divergentes” (Costa,2012, p.).
As desigualdades assumem uma dimensão multidimensional, assente num carácter sistémico e correlacional entre causa-efeito, compreendendo toda a sociedade ao nível de recursos e