A Pinacoteca do Estado de S o Paulo
Após a reforma conduzida por Paulo Mendes da Rocha na década de 1990, tornou-se uma das mais dinâmicas instituições culturais do país, integrando-se ao circuito internacional de exposições, promovendo eventos culturais diversos e mantendo uma ativa produção bibliográfica.[3] A pinacoteca também administra o espaço denominado Estação Pinacoteca, instalado no antigo edifício do DOPS, no Bom Retiro, onde mantém exposições de longa e curta duração e o centro de documentação da instituição.
A Pinacoteca do Estado abriga um dos maiores e mais representativos acervos de arte brasileira, com quase oito mil peças abrangendo majoritariamente a história da pintura brasileira dos séculos XIX e XX. Destacam-se também a Coleção Brasiliana, integrada por trabalhos de artistas estrangeiros atuantes no Brasil ou inspirados pela iconografia do país, e a Coleção Nemirovsky, com um expressivo conjunto de obras-primas do modernismo brasileiro. Também conserva um núcleo de pinturas e esculturas oitocentistas europeias, além do gabinete de obras sobre papel.
As origens da Pinacoteca do Estado remetem à criação do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Este, por sua vez, é fruto de um contexto de profundas modificações sociais, políticas e econômicas que operavam em São Paulo na segunda metade do século XIX. A então província, que se mantivera de pouca expressão até a década 1870, metamorfoseava-se, alavancada pela expansão cafeeira e pela consolidação da rede ferroviária. Recebia um grande fluxo de imigrantes (intensificado após a abolição da escravatura), que conferiam transformações significativas, abarcando desde a cultura