Idosos final
Ser velho em um país que valoriza o jovem não é nada fácil. As pessoas na nossa sociedade são educadas para valorizar a vitalidade do corpo, a juventude, e , por isso, a sociedade acaba criando regras de exclusão em relação àqueles que trazem no corpo o peso da idade, dos anos. Para entendermos melhor quem é esse ser e sua condição no país, vamos falar dos dados estatísticos que comprovam a sua existência:
Idoso é uma pessoa considerada de terceira idade. A Organização Mundial da Saúde classifica cronologicamente como idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento.
O Brasil tem, hoje em dia, aproximadamente, 15 milhões de idosos (pessoas com 65 anos ou mais). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,5 milhões de aposentados não saíram do mercado de trabalho e continuam na ativa. Tudo indica que esse número vai aumentar. As projeções do instituto para 2020 é de 20 milhões e, em 2060, deve quadruplicar, chegando na casa dos 60 milhões de pessoas. Não à toa, já que a expectativa de vida aumentou ao longo dos últimos anos de acordo com os avanços da medicina e a mudança da relação das pessoas com a questão da saúde. Atualmente, a média de vida do brasileiro é de 73 anos e, de acordo com o IBGE, as pessoas que hoje estão ingressando no mercado de trabalho viverão em torno de 80 anos.
É uma constatação incontestável : o Brasil está se tornando um país de idosos. De fato, pelas melhoras da qualidade de vida as pessoas estão alargando sua faixa etária. Mesmo com a média é puxada para baixo pelas mortes de jovens em acidentes, chacinas e também pela mortalidade infantil nas periferias, os percentuais se elevam. Se a longevidade é uma boa notícia para os velhos, deixa de sê-lo para a sociedade que tem que administrar esse fato...
Nos últimos anos a massa de pessoas de “terceira idade” cresceu. O “estatuto do idoso” regula algumas prioridades que já