A perversidade como violência social

A Perversidade Como Violência Social
Thaylane Rodrigues Ramos Hirigoyen, Marie – France. Assédio Moral: A violência perversa no cotidiano; tradução de Maria Helena Kühner. – 14ª Ed. – Rio de Janeiro; Bertrand Brasil, 2012. 224p.

“Assédio Moral: A Violência Perversa no Cotidiano” (Bertrand Brasil, 2012, 224 páginas), da psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta de família Marie – France Hirigoyen traz diversos casos retratando a perversidade no cotidiano. Podemos notar ao longo dos casos, que os perversos têm um único objetivo: destruir sua vítima de forma que para o mundo externo ele não pareça ser um agressor, mas que para a vítima ele cause um desconforto e uma confusão de suas reais intenções quando se dirige a mesma.
A autora aborda diversas definições da perversidade, uma delas é a que esta provém de uma fria racionalidade, combinada com a incapacidade de ver os outros como seres humanos. A vítima de um perverso geralmente só irá perceber que está sofrendo a violência, quando estiver totalmente envolvida no processo e daí já não é mais tão fácil se livrar dele.
O perverso evita a comunicação direta, na verdade, ele fala coisas que resultam em subentendidos e que só a vítima percebe, quem está de fora pode acusar a vítima de ser paranóica ou algo do tipo. Recusando-se a falar diretamente com a vítima, o perverso tira de si a suspeita de ser um agressor e tenta por vezes fazer com que os outros o vejam como vítima e não o inverso, alegando: “Ela é louca, não sabe nem o que está dizendo, na verdade, é ela que me odeia e não o contrário!”.
Mas, o que torna uma pessoa alvo de um perverso? Geralmente, a vítima sempre tem algo que o perverso inveja e que não possui e então, faz de tudo para tirar isso de sua vítima, muitas vezes a felicidade que uma pessoa pode transparecer para o mundo ao seu redor pode ser o motivo para que um perverso faça de tudo para tirar aquela felicidade daquela pessoa. Outro motivo de ser alvo desse tipo de violência é o fato de