Por uma outra globalização
1. O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade
Vivemos em um mundo confuso e dividido, onde um lado tem como referência os progressos das ciências e das técnicas, e do outro, tem referência obrigatória à aceleração contemporânea e às vertigens que cria. Isso tudo é consequência de um mundo físico fabricado pelo homem, fazendo com que o mundo se torne confuso.
A maneira como se produz a história humana, se torna responsável pela nossa era globalizada. Devemos levar em consideração a existência de três mundos em um: O mundo tal como nos fazem vê-lo: A globalização como fábula; O mundo como ele é: Globalização como perversidade; o mundo como pode ser: Uma outra globalização.
O mundo tal como nos fazem crer: A globalização como fábula.
Em um mundo globalizado visto como fábula, a repetição de fantasias faz com que estas se tornem a base sólida de sua interpretação. Podemos citar alguns exemplos, como: A aldeia global nos fazendo crer que a divulgação instantânea de notícias realmente mantém as pessoas informadas, o encurtamento das distâncias para as pessoas que viajam, tornando o mundo ao alcance das mãos, tentativa de uniformizar os serviços predominantes, fazendo com que o mundo se torne menos unidos e assim, se distanciando do sonho de cidadania universal. O consumismo sendo estimulado.
“Fala-se igualmente, com insistência, na morte do Estado, mas o que estamos vendo é seu fortalecimento para atender aos reclamos da finança e de outros grandes interesses internacionais, em detrimento dos cuidados com as populações cuja vida se torna mais difícil.” (Página 19)
O mundo como é: A globalização como perversidade
A globalização vem se impondo como fábrica de perversidades para a maioria das pessoas, trazendo como consequência o desemprego, aumento da pobreza, diminuição dos salários, agravamento da fome e desabrigados, etc.
A perversidade que está na evolução negativa da humanidade, está relacionada com os