A perspectiva do mercado de trabalho para graduados em ciências sociais
MERCADO DE TRABALHO E O CIENTISTA SOCIAL
As Ciências Sociais no Brasil teve sua fundação de 1930 á 1940, nesta fase se demarcou a área de atuação da Sociologia, Antropologia e Ciência Política, ante às outras ciências já aqui baseadas. Após essa fase a Sociologia se torna carreira docente na universidade (1950-60), sendo criada a sua pós-graduação e centros de pesquisa no início dos anos 70.
Segundo Renato Ortiz (1), é somente após a Sociologia ter se fixado como carreira docente, tendo sido formado certo número de profissionais, principalmente a partir do golpe de 1964, que uma série de organismos iniciam a estimular a pesquisa, sendo o mais representativo o Estado Ditatorial, que promovia uma série de pesquisas a fim de manter-se ciente da opinião popular (além de que na ideologia militar, conhecimento é patente). Com isso houve um largo impulso na produção científica em Ciências Sociais, que até então era incipiente.
A Sociologia foi para outros centros urbanos e se mercantilizou, passou a ser uma profissão, uma possibilidade de emprego. A Sociologia acadêmica passou a perder espaço para a que servia as grandes corporações. Isso ocorreu junto ao processo de modernização do país, promovido pelo Estado repressor, o qual enquanto censurava e perseguia artistas e intelectuais, investia largas somas nos centros de produção de saber e cultura.
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1) ORTIZ, Renato. Notas sobre as Ciências Sociais no Brasil. Modos de estudos CEBRAP n 27. São Paulo: junho de 1990. 7
Ainda hoje, anos após o fim da