A península ibérica sob o domínio do islão

História do Islamismo e-Fólio B – 7 de Janeiro 2012
Carla Rodrigues de Almeida - 1001473

A Península Ibérica sob o domínio do Islão Introdução A expansão islâmica chegou à Península Ibérica quase repentina e rapidamente,1 derrotando o Estado visigodo para dar início a uma considerável permanência que diversas marcas deixou no território peninsular. Esta ocupação esteve, no entanto, longe de ser pacífica: o nascimento de alAndalus gerou diversas lutas entre árabes e berberes, e a sua governação passou por mais de vinte emires,2 nada mais longe da estabilidade que se pode desejar na criação de uma nova nação. As dificuldades foram de diversas índoles, mas o início da vida deste novo país teve como base uma união que se traduz relevante num contexto de encontro civilizacional, como refere Amine Maalouf na entrevista apresentada. Este encontro de civilizações só deverá resultar na sua convivência, nunca no conflito entre elas.

Al-Andaluz: Miscelânea de Humanidade O primeiro emir de al-Andalus, Abderramão I, teve como principal preocupação assegurar uma unidade entre a “miscelânea” de grupos que aí estavam fixados, naturalmente para melhor governar e dominar o novo país que se havia formado. Árabes, berberes, escravos e antigos habitantes ibero-romanos, judeus e germânicos juntaram-se nesta missiva3 exemplificando como seria possível encetar um esforço comum em prol de uma convivência compensatória para todos. O esforço de Abderramão I, como primeiro emir de al-Andalus, no sentido de controlar a segregação de Estados que permanecia no território (completamente alheios à sua autoridade), tinha como finalidade uniformizar o seu poder contando com a contribuição da riqueza dos latifundiários aí fixados. A forma encontrada para enfrentar a resistência destes foi, naturalmente, uma resposta militar, contando com a acção de escravos oriundos na Europa Central.4 Mas esta não foi a maior dificuldade encontrada neste processo. Indo ao encontro do discurso de Amine