A pedagogia de Anchieta através de sua obra (o teatro, a poesia e o catecismo)
“a catequização cumpriu um papel colonial, não como de fora, como uma força simplesmente aliada, mas, mais do que isto, como uma força realmente integrada a todo o processo” (PAIVA, 1982, p.97).
O Primeiro século de colonização do Brasil foi a “preparação de terreno” para o que viria a se configurar como educação durante todo o período colonial, e o período quinhentista foi o palco de atuação da missão evangelizadora jesuítica na colônia, e trazia no seu bojo um caráter educacional e evangelizador.
O processo de colonização das terras brasileiras teve um agente principal – a catequização dos indígenas. Esse movimento catequético teve os missionários jesuíticos como os propagadores e responsáveis pelo sucesso das missões jesuítas em terras brasileiras. Foi a partir dos jesuítas que surgiram os primeiros traços de educação e de literatura nacionais. A “educação” dos indígenas foi essencial para a consolidação da colônia, nos primeiros séculos da conquista. E para alcançar o objetivo de evangelizar os nativos, os jesuítas utilizaram-se de instrumentos como os autos, o teatro jesuítico, além do elemento lírico (a poesia por eles escrita) e foi a partir da convivência com esses povos ameríndios que jesuítas como José de Anchieta e Antônio Vieira produziram grande parte de suas obras. Sendo assim, a catequização dos indígenas está intrinsecamente ligada ao surgimento da educação e da literatura na nova terra, e ao estabelecimento da colônia, inseridos em um complexo processo de