A participação da mulher na vida pública
Diogo Mendes
Passado mais um dia internacional da mulher, a sociedade comemora os avanços que as mulheres conquistaram em várias áreas. No entanto, na política, o sexo feminino ainda tem um longo caminho a ser percorrido.
Luiza Erundina, Benedita da Silva, Dilma Rousseff, Hillary Clinton, Angela Merkel e Roseana Sarney são exemplos de mulheres que chegaram ao poder
De acordo com o último levantamento do Tribunal Superior Eleitoral, realizado em 2007, as mulheres representam 43,55% das filiações partidárias no país. No entanto, na prática, apenas 20% dos candidatos são do sexo feminino. Para se ter uma idéia da discrepância do número de mulheres na política em relação aos homens, o país conta com apenas 498 mulheres prefeitas, o que representa menos de 10% do total de prefeitos. Apesar dos baixos índices, desde 2000, a participação delas crescem. Em 2000, apenas 5,72% das prefeituras eram comandadas por mulheres, em 2004 esse número alcançou a casa dos 7% e em 2008 atingiu o recorde de 9,16%.
Para a cientista política Helena da Motta Salles, a participação das mulheres na vida política do país ainda é pequena. Para ela, isso se deve ao fato das mulheres não serem estimuladas para a vida pública. “Elas muitas vezes são preparadas para a vida doméstica ou para trabalhar na esfera privada. Mas isso vem mudando recentemente”. Outro fator, apontado por Helena, é que os eleitores são conservadores na hora de votar. Segundo ela, o conservadorismo em votar em homens ainda existe, mas está diminuindo, e as vitórias de Luiza Erundina e Marta Suplicy em São Paulo mostram isso.
Helena: "A sociedade ainda é conservadora na hora do voto, mas isso vem diminuindo."
Mesmo com essas dificuldades, algumas mulheres marcaram seu espaço na política. São os casos de Luiza Erundina, primeira mulher a governar a maior cidade do país, Benedita da Silva, primeira senadora negra, Roseana Sarney, primeira mulher