A origem dos terremotos
Os terremotos podem ser gerados de diversas maneiras. A mais comum delas é o movimento relativo entre dois corpos de rocha ao longo de um plano de fraqueza, denominado falha geológica. Eles podem também ser causados por avalanches de neve ou escorregamentos de terra, pela queda de rochas no interior de minas e cavernas e por explosões intensas como as de uma indústria de armamentos e de uma bomba nuclear. Os terremotos gerados pela primeira causa citada costumam ser os mais intensos e devastadores.
Para melhor entender como se formam os terremotos, é preciso atentar para um importante aspecto da constituição do nosso planeta. Nós vivemos sobre uma fina camada sólida denominada litosfera ou costa terrestre, cuja espessura varia de cerca de 5 km nas partes mais profundas dos oceanos até um máximo de 70 km no meio dos continentes. A crosta terrestre não é homogênea, mas sim dividida em cerca de uma dúzia de porções individuais denominadas placas tectônicas (do grego tektos, construtor). A camada que se situa imediatamente abaixo da litosfera é chamada de astenosfera, que é quente e constituída por pouco menos de 1% de rocha fundida, o que faz com que ela apresente um comportamento viscoso. Devido a isso, as placas tectônicas se movimentam relativamente umas às outras, deslizando sobre a astenosfera ao longo de limites que constituem grandes zonas de falha.
O movimento entre as placas não se dá de forma contínua, pois as forças de atrito entre as zonas de falhas que as separam faz