A ORIGEM DO PECADO
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* Por Rev. Hélio de Oliveira Lima, Th.B. O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos mais profundos questionamentos da filosofia e da teologia. E tem chamado à atenção do homem, visto o poder, força e universalidade do mal. É uma doença presente na vida, e matéria da experiência diária de todos os homens. Os filósofos foram constrangidos a enfrentar o problema da origem do mal e a procurar uma resposta, particularmente do mal moral.
A alguns, pareceu uma parte de tal modo integrante da vida, e buscaram a solução na constituição natural das coisas.
Outros, porém, estão convictos de que o mal teve uma origem voluntária, isto é, que se originou na livre escolha do homem, quer na existência atual quer numa existência anterior.
Mas como foi entendido a origem do pecado ao longo da história?
Os mais antigos “pais da igreja” afirmavam que originou na voluntária transgressão e queda de Adão no paraíso;
O gnosticismo considerava que o mau era meramente à matéria;
Orígenes com o preexistencialismo considerava que as almas humanas pecaram voluntariamente numa existência anterior e, portanto, entraram no mundo numa condição pecaminosa;
O pelagianismo na igreja Oriental negava a existência de alguma relação vital entre ambos, referindo-se a primeira transgressão de Adão no paraíso;
O Agostinianismo na igreja Ocidental acentuava o fato de que somos culpados e corruptos em Adão;
O semipelagianismo admitia a conexão adâmica, mas sustentava que isso explica apenas a corrupção, não a culpa.
Posteriormente na Idade Média a idéia de pecado foi substituída pela idéia do mal, que foi explicado de várias maneiras:
Kant considerava como uma coisa pertencente à esfera super-racional, que ele confessava não ter condições de explicar;
Leibnitz que devia-se às necessárias limitações do universo;
Schleiermacher via sua origem na natureza sentimental do homem