A origem do capital
MARX, KARL; A Origem do Capital: a acumulação primitiva. São Paulo: Ed. Centauro, 2000.
O pecado original capitalístico, originado da luxuria de uma classe social que vivia relaxadamente esbanjando todos os seus bens em prol de suas vaidades, enquanto que de outro lado outra classe social dotada de tamanha usura, assim como uma sabedoria administrativa, "enchiam seus celeiros" acumulando riquezas mais para si. Aquela primeira classe de pessoas chegaram a um ponto critico, totalmente desprovidos de sustento próprio, não restando alternativa a não ser oferecer a si mesmo, ou seja, sua mão de obra a fim de obterem alimento e moradia. Assim surge o trabalho: da necessidade humana de sustentar-se e garantir sua sobrevivência. Marx resume em sua obra que o capitalismo provocou mudanças na vida das pessoas.
Mas, como se é sabido, as coisas estão em constante transformação. A classe social feudal veio ao seu declínio, dando lugar a formação de uma nova classe social capitalista. Os proprietários fundiários, visando à criação de ovelhas para comercialização da lã, os levaram a utilizar, até mesmo de métodos de torturas para que os camponeses abandonassem as terras, caso as bagatelas que lhes eram oferecidas não fossem aceitas - dai o processo de acumulação primitiva.
O vinculo social feudal pelo qual os trabalhadores garantiam seu direito a terra foi destruído com a criação da classe operária. Ocorreu uma transformação na propriedade feudal em uma moderna propriedade privada, mudando as relações econômicas da sociedade. Infere-se que os proprietários fundiários tomaram o lugar dos senhores feudais.
Com isso os trabalhadores foram expulsos das terras, e por sua vez se deslocaram para a cidade, em busca de melhoria de vida. Esses expropriados migraram para as grandes cidades, em busca de melhores condições, gerando grande desproporcionalidade entre a