A origem da família e a Sociedade Capitalista
A família é uma instituição social fundamental para o ser humano e para a sociedade, esta começou a se constituir desde as primeiras civilizações. Ao longo do tempo a família se compôs em várias formas de organização, a mesma é algo natural por ser biológica, mas a sua organização não é natural, e sim social, se molda de acordo com a época. Para compreender hoje a família pós-moderna é necessário que sejam analisados todos esses aspectos históricos e culturais desde o surgimento das primeiras civilizações.
Friedrich Engels em sua obra “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”1 uma das obras mais completas já escritas e elucidativas sobre a história das civilizações primitivas. Baseado no método do materialismo histórico criado por ele e por Karl Marx e nos estudos sobre laços de parentesco entre tribos indígenas localizadas no Estado de Nova York do antropólogo norte-americano Lewis H. Morgan, Engels mostra como a família foi se modificando através dos séculos, mudando sua forma de organização com o surgimento de novos grupos além do grupo familiar, originando a agricultura voltada para o comércio e o contato com outros povos.
De acordo com Engels (1884), Morgan foi o primeiro que conseguiu introduzir com precisão uma classificação da pré-história da humanidade. Classificando-as em três épocas principais: estado selvagem, barbárie e civilização. No primeiro período, o estado selvagem, o homem começa a conhecer e se apropriar dos recursos advindos da natureza para sua própria subsistência, no final desse período na transição para a barbárie foram encontrados indícios de residência fixa em aldeias e o desenvolvimento de habilidades para a produção mais moderna de meios de subsistência, como vasos e utensílios de madeira, o tecido feito à mão e instrumentos de pedra polida. O segundo período, a barbárie, inicia-se com a produção de cerâmica, a fase mais importante desse período é a criação e